terça-feira, 30 de julho de 2013

522 - Reação em cadeia da polimerase

Em ocasiões, as companhias utilizam-se de estratégias rebuscadas para promover seus produtos. O mesmo sucede com a ciência. Neste caso, Bio-Rad, uma conhecida empresa que vende, entre outras coisas, kits e ferramentas para exames usou a estratégia de uma paródia musical para divulgar um de seus produtos na rede:


Siglas
DNA (em inglês) - Ácido desoxirribonucleico
GTCA - Acrônimo dos nucleotídios guanina, timina, citosina e adenina, as unidades do DNA
PCR (em inglês) - Reação em cadeia da polimerase, uma técnica de amplificação do DNA para a identificação de agentes infecciosos (como o bacilo da tuberculose)

sábado, 27 de julho de 2013

521 - Higiene da mãos. Espionagem hospitalar

No North Shore University Hospital, em Long Island, EUA, sensores de movimento, como aqueles que são usados em alarmes, detectam cada vez que alguém entra em uma sala de cuidados intensivos. O sensor dispara uma câmera de vídeo, que transmite as imagens para outro lado do mundo - para a Índia, onde funcionários verificam se os médicos e enfermeiros estão realizando um procedimento crítico: lavar as mãos.
Esta abordagem estilo Big Brother integra uma panóplia de esforços para promover um princípio básico de prevenção de infecção, a higiene das mãos. Com as superbactérias resistentes a drogas em ascensão, de acordo com um relatório recente do Centro para Controle e Prevenção de Doenças, o CDC, e com as infecções hospitalares custando US$ 30 bilhões por ano e causando a morte de cerca de 100.000 pacientes por ano, os hospitais estão dispostos a tentar quase qualquer coisa para reduzir o risco de transmissão dessas infecções.
Vídeo: Clean Hands Save Lives

quarta-feira, 24 de julho de 2013

520 - O surfactante pulmonar

É uma mistura de moléculas lipoproteicas, produzidas pelas células secretoras do epitélio alveolar denominadas pneumócitos II. Também conhecida como agente tensoativo, essa substância reduz a tensão superficial do líquido presente nos alvéolos. A produção do surfactante pulmonar (alveolar) começa na 30ª. semana de gestação e é essencial que esteja sendo produzido em quantidade suficiente ao nascimento do feto. Caso contrário, haverá o colabamento dos alvéolos quando o recém-nascido entrar em contato com o ar.
Três vídeos do Prof. Joaquim Procopio que explicam o mecanismo de ação do surfactante e a sua importância para a estabilidade alveolar.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Microfotografia
Este padrão preto-e-branco retrata as surpreendentes formas de organização das moléculas do surfactante pulmonar.

CRÉDITO: Prajna Dhar, Universidade de Kansas

domingo, 21 de julho de 2013

519 - Vacina contra o VRS

por Ricardo Schinaider de Aguiar
Com Ciência, 03/07/2013
Vacina pretende utilizar nanopartículas de ouro para imunização
Cientistas da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, pretendem inovar o método de vacinação contra o Vírus Respiratório Sincicial (VRS). Em vez de utilizarem uma forma “enfraquecida” do vírus sem poder de infecção como forma de alerta ao sistema imune, os pesquisadores desenvolveram estruturas de ouro microscópicas. O método foi testado in vitro e obteve resultados expressivos.
O VRS é o principal vírus responsável por infecções do trato respiratório inferior no mundo, sendo responsável por 65 milhões de infecções e 1 milhão de mortes todos os anos. Apesar disso, não há atualmente nenhuma vacina licenciada contra ele. O alvo da pesquisa foi uma proteína específica, chamada proteína F, que reveste o vírus e é capaz de se ligar às células do corpo humano, permitindo sua entrada. A ideia dos cientistas, coordenados por James Crowe, foi revestir uma nanopartícula de ouro com a proteína F. Desse modo, o sistema imune é apresentado à proteína e, quando atacado pelo VRS, o reconheceria de modo mais eficiente, mesmo fenômeno observado após uma vacina tradicional.
“Uma vacina para o VRS é extremamente necessária”, afirma Crowe. “Nosso estudo mostrou que proteínas virais, ligadas a nanopartículas de ouro, induzem proliferação de células de defesa do organismo, evidência de estimulação do sistema imune”. Além de simularem com sucesso o vírus, essas estruturas também se mostraram não tóxicas ao organismo humano. Devido à sua versatilidade, as nanopartículas de ouro demonstraram que podem ser utilizadas não apenas para a criação de uma vacina contra o VRS, mas também contra outras doenças.
“Esse estudo pode servir como base para o desenvolvimento de vacinas experimentais para qualquer vírus e até mesmo para bactérias e fungos”, diz Crowe. “O próximo passo é testar a eficácia da vacina in vivo”.
N. do E.
Retificação no DOU nº. 90, de 13 de maio de 2013, da Portaria n°. 53, de 30 de novembro de 2012, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, publicada no DOU n°. 232, de 3 de dezembro de 2012:
"Art. 1º Fica incorporado no SUS o medicamento palivizumabe para a prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório em crianças do subgrupo de mais alto risco para internações ou complicações, ou seja, prematuros com Idade Gestacional menor ou igual a 28 semanas e crianças até 2 anos com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada, com as seguintes condições: elaboração de orientação de uso pelo Ministério da Saúde e redução significativa de preço do medicamento palivizumabe."
O palivizumabe é um anticorpo monoclonal IgG1 humanizado. V. Relatório 16 da CONITEC

quinta-feira, 18 de julho de 2013

518 - A riqueza fúngica do corpo humano

No primeiro estudo deste tipo, uma equipe dos EUA catalogou os diferentes grupos de fungos que vivem sobre o corpo humano.
Uma equipe liderada pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, em Bethesda, Maryland, sequenciou o DNA dos fungos que vivem sobre a pele em 14 diferentes áreas do corpo de 10 adultos saudáveis.
As amostras foram retiradas do canal auditivo, entre as sobrancelhas, da parte traseira da cabeça, de trás da orelha, do calcanhar, unhas, entre os dedos, do antebraço, costas, virilha, nariz, peito, palma, e da curva do cotovelo. (*)
Os resultados revelaram 200 tipos de fungos, com a riqueza fúngica variando ao longo do corpo. O habitat fúngico mais complexo foi o calcanhar, que abriga cerca de 80 tipos de fungos.
Helen Briggs, BBC News
N. do E.
(*) excluíram o umbigo?!
Notas relacionadas
183 - A doença dos caçadores de tatus222 - Pinturas microbianas433 - Corpo humano. A temperatura ideal e 444 - Páginas populares em livros medievais

segunda-feira, 15 de julho de 2013

517 - Um elemento químico de grande beleza

Até o século 18 foi muitas vezes confundido com estanho ou chumbo. No entanto, uma vez refinado em sua forma mais pura, torna-se algo de grande beleza. É cerca de duas vezes mais abundante do que o ouro.
Sim, há chance de você ter entrado em contato com ele - se você já teve distúrbios em seu aparelho digestivo! Sob a forma de óxido de bismuto e com íons de salicilato à superfície, você provavelmente o conhece pelo nome comercial de Pepto-Bismol.
Mas o que você vê aqui é o bismuto, elemento químico, em sua forma cristalina.
Kuriositas
Leitura complementar
Zaterka, Sclioma. Os sais de bismuto em gastroenterologia: uma medicação antiga, mas atual, LILACS

sexta-feira, 12 de julho de 2013

516 - Uma epidemia de risos e prantos

Uma epidemia pode ser definida como algo que "predomina em uma comunidade, em um momento especial, e que é produzida por causas especiais, geralmente não presentes na comunidade afetada (MacNaulty, 1961)".
Como as epidemias mais comuns são causadas pela disseminação de vírus, bactérias ou outros parasitas, há uma tendência a esquecer que o comportamento emocional anormal pode se espalhar de uma pessoa para outra e, assim, assumir uma forma de epidemia.
A exemplo, o que constou da conclusão deste relatório sobre uma epidemia de risos, prantos e inquietação, que perturbou por seis meses a vida normal das pessoas no distrito de Bukoba (mapa), ao Noroeste de Tanganica, em  1962.
A doença começou em uma escola para meninas, espalhando-se em seguida para outras escolas e aldeias da região. Adolescentes escolares constituíram a maioria dos casos, embora adultos (não alfabetizados) também tenham sido afetados pela doença. Não foram encontrados sinais físicos anormais significativos e todos os exames laboratoriais foram normais nas pessoas acometidas. Não houve mortes. Nenhum fator tóxico nos alimentos consumidos foi detectado. Sugeriu-se que o problema tenha sido uma epidemia de histeria em comunidades culturalmente suscetíveis.

terça-feira, 9 de julho de 2013

515 - Adeus, tosse?



O nome comercial deste xarope para tosse era... UMA NOITE.
O tempo de vida que restava a quem o consumisse, suponho eu.

46 - Rhuminando...270 - ♪Daisy Bell♪, 379 - Reunião com a Rainha Charlotte e 412 - Dr. Miles NERVINE

sábado, 6 de julho de 2013

514 - A guerra ao escarro na luta contra a tuberculose

Quando, em 1882, Robert Koch descobriu o bacilo da tuberculose, a doença era responsável por um sétimo da mortalidade no mundo e um só tuberculoso era capaz de expelir, por dia, sete milhões de bacilos.
O escarro, visto como o grande veículo do bacilo, passou a ser combatido. As pessoas expectoravam abundantemente atapetando o solo, as paredes, os móveis e impregnando os lenços e as roupas.
Era preciso conscientizar a população a mudar esse hábito. Leis foram criadas para combater o hábito de escarrar no chão e nas paredes. Surgiram grandes campanhas em diversos países do mundo em favor do uso das escarradeiras públicas (imagem) e de bolso contendo líquidos antissépticos.
Siga lendo este artigo da médica pneumologista e historiadora Ana Margarida Rosemberg no BLOG DA SOBRAMES- CE.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

513 - Higienização das mãos

As recomendações da OMS para a higienização das mãos englobam cinco indicações, sendo justificadas pelos riscos de transmissão de microrganismos.
O cumprimento dessas cinco etapas pode prevenir as infecções hospitalares e também auxiliar na racionalização do tempo do profissional de saúde quanto a essa prática.
Veja os cinco momentos indicados para higienização das mãos, segundo as recomendações da OMS:
1- Antes de contato com o paciente.
2- Antes da realização de procedimento de assepsia.
3- Após risco de exposição a fluidos corporais.
4- Após contato com o paciente.
5- Após contato com àreas próximas ao paciente.



Informações importantes sobre as infecções hospitalares
• Em todo o mundo, 5% a 10% dos indivíduos hospitalizados adquiriram infecções hospitalares, com taxas de prevalência de 20% a 30% em unidade de terapia intensiva.
• No Brasil, cerca de 100.000 mortes por ano são relacionadas a infecções hospitalares.
• A Lei nº 9.431, de 6 de janeiro de 1997, dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de programa de controle de infecção hospitalar nos hospitais de todo o Brasil.
Fonte: MSD Brasil